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1.
Ternura 06:32
2.
Delírio 08:09
3.
Boi Tungão 05:43
4.
Repente 04:47
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Meia Luz 05:48
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about

POR UMA ESTÉTICA POTIGUAR

Plasmar numa tradição musical, literária, visual constituída é meio caminho andado. Formatar esse CD é, de certa maneira, percorrer uma diversa ancestralidade potiguar geológica/rupestre no ensaio fotográfico Pedras, de Candinha Bezerra, literária/poética nos textos de Câmara Cascudo, Carolina Wanderley e Palmyra Wanderley mas, em particular, é uma instigante circunavegação sonora. Fixaram-se melodias, gêneros estruturados da cultura musical local, que aportaram no etno-musicologica da Suíte Encantaria e do coco Boi Tungão, traduzindo linhas de catimbó e emboladas, espalhadas por livros de Mário de Andrade que, na segunda metade dos anos vinte, estivera em Natal e outras cidades, registrando batuques de terreiros e balanços de ganzás. Na religiosidade cristã, do Hino da Nossa Senhora de Sant´Ana, padroeira do sertão, ganhando uma suntuosidade barroca e coro do Madrigal. No regionalismo armorial de Repente ou seridoense de Delírio, da suíte Seridó e do dobrado João Lúcio Dantas.

Na bossa-nova Meia luz de Hianto de Almeida, que fora gravada por João Gilberto, e na de Paulo, Tito Domingo em Copacabana, gravada por Elis Regina. No virtuose do choro de Taipu (RN), Sebastião Barros, o criativo e famoso maestro K-ximbinho compositor de Ternura. Tudo isso, atualizada e universalizada no entrechoque popular/erudito, numa releitura mediada pelos arranjos exclusivos para este disco, elencando maestros da grandeza experimental de Rogério Duprat, Júlio Medaglia. Gil Jardim, dos reconhecidíssimos Cyro Pereira, Amilson Godoy, Nailor Proveta, Clóvis Pereira, Duda e ainda, os aqui revelados Joca Costa e Danilo Guanais. A recepção da orquestra sinfônica foi total e o talento do maestro Osvaldo
´Amore conduziu essa odisséia sinfônica-potiguar por mares ainda não singrados. Até o momento, a Orquestra Sinfônica executa freqüentemente apenas um arranjo, dentre outros constantes em seus arquivos, de compositor local: a valsa Royal Cinema, de Tonheca Dantas. Agora, reforçada em seu repertório em mais onze peças, acreditamos que sua possibilidade de reindentificação será maior e esteticamente mais próxima da cultura norte-rio-grandense, sem perder de vista, contudo, a reprodução e a difusão de imprescindíveis clássicos nacionais e internacionais.

Assim o Projeto Nação potiguar, além de incluir os arranjadores, o violonista Álvaro Barros (RN), e o premiado Madrigal-UFRN, convidou o multi-artista Antônio Nóbrega (PE), o percussionista orgânico Naná Vasconcelos (PE), Oswaldinho do Acordeon (RJ) e Paulo Johnson (PE), o compositor e intérprete Gereba (BA), o sanfoneiro Dominguinhos(PE), o violeiro Roberto Corrêa (MG) e o soprista Paulo Moura (SP) para atuarem como solistas nas músicas que, sabíamos , tinham identidade. O objetivo foi o de provocar, fazer pontes, trocas, ligações com outros Estados, com outros artistas. Agora, é içar as velas e navegar, navegar, navegar...

Dácio Galvão

credits

released January 11, 2001

Candinha Bezerra é fotógrafa com mostras no teatro Brincante – SP/IV Congresso Hispano- Americano de Semiótica-Espanha, no ll Ruoco Della Donna Nell-Artes-Roma, e Congresso do conselho Internacional das Organizações de festivais Folclóricos e artes CIOFF-PE Foi
diretora Administrativa da OSRN no período de 9 de fevereiro de 1999 a maio de 2001.

Fotos da capa, 3 e 10 Carnaúbas dos Dantas . 1, 2, 5, 6,7 e 8 praia de Jacumã .9 Sertão do
Seridó .4 Caicó .11 Acari.

Dácio Galvão, colaborador assistemático de periódicos locais, é autor do livro de poema ¨Palavras , Palavras Palavras¨. Mestrando em literatura comparada- UFRN, dirige desde 1988 a fundação Cultural Hélio Galvão. O centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine da fundação José Augusto está sob sua coordenação desde 1996.

- A gravação da orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte , a participação de Paulo Moura e do Madrigal pela unidade Móvel do estúdio Estação do Som, acontecem na sala Tonheca Dantas, no Teatro Alberto Maranhão-RN.

- A trompa da faixa Não Gosto de Sertão Verde foi gravado no Studim Produções-RN por J. Marciano. A voz e o violão de Gereba na companhia do Gato-SP. O acordeon de Dominguinhos, Estúdio Dub-SP.

- Primeiro movimento de Boi Tungão foi gravado no Estúdio Dub-SP.
- A percussão de Naná Vasconcelos, na suíte Encantaria, no Estúdio Estação do Som-PE. A viola de Roberto Correa, na Vinheta, no Estúdio Zen-Brasília, DF.

-Acordeon de Oswaldinho, na faixa Delírio, no Estúdio Cia. Do Gato- SP. Na faixa Domingo em Copacabana, o violão de Álvaro Barros e o baixo elétrico foram gravados no Studium Produções .

Capa: Pictografias Rupestres de Emas no Sítio Arqueológico Xiquexique II em Carnaúba dosDantas- RN.
Revisão: Humberto Hermenegildo de Araújo.

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NAÇÃO POTIGUAR

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