We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

Cantares

by Dona Militana

/
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Rosa 00:57
9.
Cabeleira 04:08
10.
11.
O Ingrato 04:51
12.
13.
Riachão 00:56
14.
Boiadeiro 01:34
15.
16.
17.
Guilermina 01:05
18.
19.
20.
21.
22.
23.
Bem-Te-Vi 03:12
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
Cafutinho 01:32
41.
42.
43.
Rosalina 01:57
44.
Os Piratas 01:18
45.
46.
Dona Branca 03:13
47.
48.
49.
50.
Trovador 01:35
51.
52.
53.
54.

about

Dona Militana: O canto do Sitio Oiteiro

Não é de agora o estudo do romanceiro potiguar, Luís Câmara Cascudo, Hélio Galvão, Verissimo de Melo e Deifilo Gurgel inscrevem-se na história desta pesquisa romanceira, impulsionando-a em grandeza e extrapolando o limite nacional.

Na luz do foco cascudiano, Ariano Suassuna (PE) recriou o romance O Boi da Mão de Pau, de Fabião das Queimadas (RN), que Antônio Carlos Nóbrega (PE) gravou no CD Nação Potiguar. O compositor Antônio José Madureira (RN) faria ainda a versão instrumental dos romances A Bela Infanta, Minervina e da Nau Catarineta; todos gravados peloQuinteto Armorial. Posteriormente, já em carreira solo, Nóbrega gravaria os Romances Clara Menina e Dom Carlos de Alencar, A filha do Imperador do Brasil e comporia o Romance do Aleijadinho. É nessa perspectiva de atualização indenitária onde reside a nossa busca e prospecção compilatória da voz de Dona Militana, Romances, xácaras, Modinhas, toada de boi, coco, romarias, desafios, jornadas de chegança e fandango
são cantares de D. Militana (1925- São Gonçalo do Amarante/ RN).

Da infância vivida ás margens do Rio Potengi, subindo em árvores, produzindo cestaria de cipós, pescando caranguejos nos manguezais e ouvindo do pai, Seu Atanázio, histórias de folhetos de cordel. Aprendeu via tradição oral um valioso acervo poético- linguístico. São histórias de reis, princesas, condes, duques, cangaceiros, escravos, súditos, santos, coronéis, mitos, arquétipos...

Tramas de poderosos, artimanhas de
desfavorecidos. Seu talento artístico, tardiamente celebrado mas felizmente hoje reconhecido, lego ao Brasil uma refinada cepa musical resultante da mistura de culturas afro-moura-ibérica transplantadas para o Nordeste onde adquiriu sotaque e característica própria. Se a cantora cigana Pastora Pavón perpetuou-se através de Garcia Lorca, o coqueiro Chico Antônio pelos escritos de Mário de Andrade, Clementino de Jesus nos registros fonográficos de Hermínio Bello de Carvalho e outros,
se o rabequeiro alforriado Fabião dos Queimados expandiu-se igualmente em livros do mestre Câmara Cascudo. A Cantadora do Sitio Oiteiro impôs-se, como Helena Meirellesvioleira pantaneira - na arte e no carisma.

CANTARES DE BELÉM – MARES

Matriarca assumida, administra a vida e a vila de sues filhos e netos que moram no entorno da sua casa humilde visitada por artistas e pesquisadores importantes. Sua ambiência foi objeto de ensaio fotográfico por Candinha Bezerra. A vida- obra imbrica-se. São lances reais dignos dos mais difundidos romanços e desafios, no sentido mesmo de uma épica trágica encetando enredos ameaçadores. Do além-mar Paulina ao regional Antonio Silvino.

Refiro-me à situação sócio-econômica e narrações recorrentes de vida pessoal, familiar, afetivo. Este CD ousou fixar seu repertório, porém tratando-se de processos mnemônicos é preciso ressaltar o átimo sem
interferências , focando o flagrante , o Canto criativo sem limites liberado, inclusive no poder contínuo de reinvenção.

O povo é mesmo o inventa-línguas. As linguagens aqui contidas foram transcritas por Dolores Portela, Wilson Pereira de Azevêdo e Marília Cabral de Azevêdo. Priorizando o Canto tentamos relacioná-lo ás sonoridades e ecos melódicos, reindentificando -o a possíveis protomatizes : no medievo, renascimento, africanismo, no som mourisco, lusitano e flamenco. Dicotomias de superfícies esteticamente abolidas, como pensa o poeta E.M de Melo e Castro, sugerimos a participação de músicas e instrumentos de formação diversa indo, entre tantos, dos populares Eusébio Macaíba, Mestre Salustiano (rabecas), Mingo Araújo (dawul, tambor falante ), Luizinho Calixto (fole de 12 baixos ), Waldonys (sanfona) passando pela releitura musicalmente hídriba de Roberto Corrêa (viola de cocho), João Omar (violão e cello) chegando até aos eruditos, Osvaldo D´Amore (violino; maestro da Orquestra sinfônica-RN), Dolores Portela (cravo), Délcio Gioielli (kalimba; do naipe de percussão da Banda Sinfônica – São Paulo-SP) , Luca Raele (clarinete) e Péricles Johnson (fagote). Sempre o canto em primeiro lugar e a instrumentação respeitando seu ritmo e variações de tons.

Em algumas faixas, a voz brilha sozinha como normalmente acontece nas apresentações. O projeto Nação Potiguar cumpre mais uma importante etapa no vasto mapeamento sonoro do Rio Grande do Norte.

Dácio Galvão

credits

released January 1, 2002

Rabeca da faixa 1 CD I construída por Saulo Dantas – Barreto(PE)
Rabeca construída por Mestre Salustiano (PE), utilizada nas faixas 7 do CD I e 15 do CD II.

A chama em tronco de cajueiro e o Zambê maior em tronco de mangueira confeccionado por Mestre Geraldo (RN). O Zambê menor em tronco de coqueiro , por Mário Santana (RN), faixa 18 do CD I.

Viola de cocho fabricado em 1985, em Cuiabá (MT), por Manuel Severino, faixa 1 do CD II. Violão Teleforo Julve, Fabricado de Guitarra de Bordones y Cuerdas, Espanha-1918- Série Arzobismo Mayoral nº 13, Faixa 3 CD II.
Nas faixas 5 do CD II e 6 do CD III, rabecas construídas por Damião Medeiros de Araújo (RN). A Segunda rabeca utilizada na faixa 5 do CD II foi construída pelo rabequeiro Nelson dos Santos (AL).

Berimbaus (exceto o De Boca) construídos por Cacau Arcoverde (PE), faixa 13 do CD II. Rabeca da faixa 4 CD III, construída pelo Mestre Pitunga (PE). Ganzá construída pelo Mestre Lula Calixto (PE), faixa 18 do CD III.

*Cantores transcritos por José Wilson Pereira de Azevêdo.
*Cantores transcritos por Marilia Cabral de Azevêdo.

 Gravado e mixado no Studium Produções, Natal/RN, por Daniel e J. Marciano.
 Masterizado por Cia de Áudio, São Paulo-SP, por Felipe Mangabeira.
 Voz e Rabeca de Antonio Nóbrega, faixa 1 CD I, gravados no Estúdio Megafone, Natal-
RN, por Jorge Lima.
 Rabeca nas faixas 7 CD I e 15 CD II gravadas na Fábrica Estúdios – PE, por Pablo Lopes e
Danilo Paiva.
 Kalimbo, faixa 16 CD I, gravado no Studio Juvenal, São Paulo – SP, por Paulo Bira.
 Viola de Cocho, faixa 1 CD II, gravada no Zen Studio , Brasileira- DF, por Andy Costa.
 Violão e Clarinete, faixa 1 CD III, Cello e Violão, faixa 13 CD III, gravada na Cia do Gato
– São Paulo/ SP, por José Luiz Costa.
 O cravo das faixas 2 e 5 do CD III foi gravado no Estúdio do Conservatório
Pernambucano de Música – Recife- PE, por Aluízio.

license

all rights reserved

tags

about

Nacão Potiguar Natal, Brazil

Selo especializado em registar a música popular e erudita do Rio Grande do Norte.

contact / help

Contact Nacão Potiguar

Streaming and
Download help

Report this album or account

If you like Cantares, you may also like: